No Dia da Mulher, SINPOL destaca a força das Policiais Civis na vida e na profissão

08/03/2021 08/03/2021 11:37 1380 visualizações

Determinação e coragem são fatores predominantes na trajetória das mulheres Policiais Civis do Tocantins. Diariamente, 443 mulheres saem de suas casas com um único objetivo: garantir a segurança pública do Estado. Desse quantitativo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), 142 são Escrivãs de Polícia, 111 são Agentes de Polícia, 61 são Papiloscopistas, 48 são Peritas Oficiais, 44 são Agentes de Necrotomia e 37 são Delegadas de Polícia.

E como forma de reconhecimento ao importante trabalho desenvolvido pelas Policiais Civis em prol de toda a sociedade tocantinense, no Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda-feira, 08, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (SINPOL-TO) abre espaço para as histórias das filiadas, Josimeiry Galvão Veloso e Marilene Borges Araújo, e estende essa homenagem a todas que lutam incessantemente para tornar os nossos dias mais seguros.

Segundo a presidente da entidade, Suzi Francisca,“a homenagem é para evidenciar a importância que a mulher Policial Civil possui nas resoluções dos crimes e na manutenção da ordem pública. Muitos são os desafios que enfrentamos ao decorrer de todos esses anos pela garantia dos nossos direitos e igualdade, e essa data também serve para refletirmos que ainda temosmuito o que conquistar. O SINPOL segue lutando também em busca de melhorias para as suas filiadas e parabeniza todas as Policiais Civis e demais mulheres neste Dia”, felicita a presidente.

Papiloscopista

Servidora na Polícia Civil desde 2003, Josimeiry é Papiloscopista no 3º Núcleo Regional de Papiloscopia do município de Colinas. Ela que sonhou com a profissão por muito tempo, não teve dificuldades ao conquistar a vaga por ser mulher, uma vez que acreditou em seu potencial e recebeu o apoio da família em todas as fases do concurso, as quais exigiram muito esforço e determinação.

Ao ingressar, Josimeiry teve inúmeros momentos marcantes entre eles, as formações, plantões e várias outras etapas que ficaram gravados na memória e no coração. Sobre as superações, a Papiloscopista afirma que são gradativas e cita o momento de conciliar a rotina de mãe (filhos pequenos) com a academia e início das atividades policiais, mas conseguiu equilibrar a vida familiar e profissional no início da carreira, principalmente em se fazer presente no dia a dia dos filhos.

Para Josimeiry, a participação da mulher dentro dos quadros da Polícia Civil do Tocantins vem sendo oportunizada e isso traz inúmeros benefícios para o Estado. “Como mulher, sinto-me acolhida e valorizada e considero válida a ampliação em oportunizar as mulheres Policiais igualdade de direitos, assim como a atenção às opiniões quanto ao processo do trabalho diário dentro da PC. Com o passar dos anos, vimos uma valorização crescente da mulher no meio policial, porém ainda temos muito que conquistar. A força, a garra, as múltiplas habilidades são natas nas mulheres! Desejo a todas respeito e valorização crescente! Orgulho de ser mulher e Papiloscopista da Polícia Civil do Estado do Tocantins!”, destaca.

Agente de Polícia

Marilene Borges Araújo é outro exemplo de mulher de muita garra e determinação dentro dos quadros da PC-TO. Agente de Polícia aposentada desde 2017, ela ingressou em 1989, por meio de decreto, e em 1991 passou a exercer o cargo definitivamente após ser aprovada no concurso.

Por 28 anos, Marilene atuou em Palmas, Araguaína e Babaçulândia. Neste período esteve à frente de cargos de liderança respondendo pela 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM Araguaína) e pela 32ª Delegacia de Polícia (Babaçulândia), e foi sempre foi muito respeitada por seus colegas.

Um momento de maior superação da sua trajetória profissional foi quando teve que atender a determinação de uma Portaria, em 2007, para responder pela Delegacia de Babaçulândia, segundo ela,praticamente sozinha. Quando iniciou, Marilene ainda contava com o apoio de um colega, mas logo em seguida ficou sozinha e teve que começar a intimar, fazer as oitivas, interrogatórios e acumular outras funções e lá permaneceu determinada por 4 anos. 

O desafio de conciliar a vida profissional e a pessoal também foi vencido por Marilene que além de ser mãe, esposa, Agente de Polícia, dona de casa, enfrentou duas graduações: História e Direito.

Para Marilene é evidente a valorização das mulheres e o espaço que elas estão obtendo dentro da Polícia Civil. “A mulher carrega algo muito importante em si: ela trabalha com a razão e com a emoção, o que balanceia tudo. Geralmente os homens atuam mais com a razão e a mulher é mais branda. Hoje, elas se dedicam, estudam, se atualizam e realmente estão ocupando um espaço que, na verdade, sempre foi nosso mesmo”, pondera.

Ascom SINPOL-TO

Kezia Noá