O mês de março é emblematicamente conhecido e referenciado por ser o mês das mulheres. Óbvio que essa referência é por conta do dia 08 de março, data em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres.
Histórias de lutas e de conquistas marcam a busca das mulheres por espaço no meio social, no Brasil e no mundo.
Durante a Revolução Industrial a exploração e a miséria exigiram que mulheres fossem às fábricas somarem-se à força de trabalho masculina. Exploradas, trabalhando até 18 horas por dia, assediadas, violentadas e aviltadas em sua dignidade humana, as mulheres foram protagonistas em várias lutas trabalhistas, sendo muitas delas marcadas por perseguições e tragédias.
Necessárias no período da Revolução Industrial e essenciais durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres passaram a suster o mundo por meio de sua força de trabalho e hoje ocupam 42,8% dos postos de trabalho no Brasil.
No que se refere à segurança pública, apenas em 12 de maio de 1955, as mulheres ocuparam pela primeira vez um cargo policial e o feito ocorreu no estado de São Paulo. De tão emblemático, as primeiras mulheres policiais ficaram conhecidas como “as 13 mais corajosas” daquele ano.
Você consegue imaginar? Em uma época onde as mulheres eram proibidas até de jogar futebol, valorosas representantes femininas se habilitarem a atuar em uma função, não apenas totalmente masculina, mas repleta de estigmas, preconceitos e tabus. A missão ia além de combater o crime, mas passava necessariamente por resistir à desconfiança de setores da sociedade e tamanha ousadia, para nossa sorte, inspirou outras mulheres pelo Brasil que, aos poucos, foram sendo incorporadas às forças de segurança pública.
No que tange à Polícia Civil do Brasil, o efetivo feminino corresponde a 27% do total, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Um crescimento tímido nos últimos anos, mas marcantes se considerarmos o papel importante exercido pelas mulheres, que ocupam cargos diversos, desenvolvendo atribuições que vão desde questões administrativas e operacionais, até mesmo funções de chefia e gestão. Com muita desenvoltura e competência, as mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço na Segurança Pública, especialmente na Polícia Civil do Tocantins.
É impossível não notar a influência poderosa das mulheres da Polícia Civil em nossa Instituição. Carismáticas, competentes e vanguardistas, nossas policiais orgulham nosso Estado e nossa categoria com o protagonismo de quem tem em suas ações o compromisso de tornar melhor todos os lugares por onde passam.
Investigadoras, protetoras, gestoras, líderes. Não importa a função! As mulheres da Polícia Civil do Tocantins alcançam protagonismo e tornam-se referência no que fazem, muitas delas com reconhecimento que transcendem as fronteiras de nosso Estado. Palavras não são suficientes para enaltecê-las, muito menos são capazes de mensurar a gratidão que tenho por muitas delas por me ajudarem a me tornar um melhor policial, um melhor líder e um melhor cidadão.
O mês está apenas começando e nossas homenagens, também. Se por algum motivo não parecer óbvio o nosso reconhecimento e apreço, que possamos aperfeiçoar nossas ações para então reconhecer de maneira permanente e constante o valor destas mulheres.
Fortes, Inteligentes, Necessárias – SINPOL-TO valorizando as Mulheres Policiais Civis.